Ayrton Senna. De novo!

A edição de fim de ano da revista inglesa "F1 Racing" trouxe a eleição dos 50 pilotos mais rápidos da história da Fórmula 1. Além dos votos de personalidades como Martin Brundle, Eddie Jordan, Max Mosley, Stirling Moss, Keke Rosberg, Paul Stoddart, Pat Symonds, Jean Todt e Charlie Whiting, a publicação levou em conta os resultados contra companheiros de equipe. E o campeão foi Ayrton Senna, que superou mais uma vez o heptacampeão Michael Schumacher. E isso acontece em quase todas as eleições desse tipo.

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Esta eleição traz mais uma vez a discussão sobre o melhor piloto da história da Fórmula 1. Tenho uma teoria muito particular. Para mim, Ayrton Senna é, sem dúvidas, o melhor de todos os tempos. Para Michael Schumacher, dono de quase todos os recordes da categoria, guardo o título de "maior" de todos os tempos.

Por que faço esta distinção? Simples: nunca vi nenhum piloto com arrojo e técnica iguais à de Ayrton Senna. Ele era um gênio do automobilismo. Ninguém vence um GP com apenas a sexta marcha engatada por mais de 20 voltas (Brasil, 1991). Ou faz uma primeira volta magistral como a de Donington Park (Europa, 1993). E tem momentos geniais como em Suzuka, quando levou seu primeiro título mundial (Japão, 1988).

Michael Schumacher merece sim um lugar de destaque no panteão dos heróis da F-1. Mas apenas por causa dos seus recordes. O alemão manchou sua carreira com manobras controvertidas, como no treino classificatório para o GP de Mônaco deste ano, quando parou seu carro na Rascasse, tentando impedir Alonso de superar seu tempo. Como esquecer as manobras contra Damon Hill, em 1994, e Jacques Villeneuve, em 1997? Ou do vexaminoso GP da Áustria de 2002? Grande sim, mas com manchas em seu currículo.

Por isso, concordo plenamente com a eleição da revista "F1 Racing". Ayrton Senna foi sim o mais rápido de todos os tempos. E digo mais, foi o melhor de todos os tempos.